Coração Quadriculado - Aldeamento da Bemposta

Último dia de férias mas, ao contrário de muita gente, começo a estar farta de praia e por isso hoje fiquei por casa para colocar certas coisas em ordem, para o regresso ao trabalho.

Uma delas seria o sono, que não me aparece à noite e me ataca durante o dia. Mas qual quê, nem com as persianas cerradas até abaixo, nem com silêncio absoluto, consegui dormir até mais tarde e, por volta das 7.30h já estava de olho aberto. Tentei ficar deitadinha e quietinha mas o sono não voltou. Levantei-me e decidi aproveitar o, mais ou menos, ainda fresco da manhã, para fazer uma caminhada.

Ainda não eram 8h e 30m quando saí porta fora, cheia de vigor, acompanhada por 2 "brisas" e a máquina fotográfica.  

Andei, andei, andei... ao ponto de já não saber onde estava e dar-me um friozinho na barriga. Mas consegui vislumbrar, ao longe, um prédio onde habitei há 13 anos e tomei-o como referência, fazendo dele a minha bússola.

Andei mais de 1h e comecei a achar que era melhor inverter o caminho pois o sol já aquecia bastante.

As 2 "brisas" continuavam na minha mala mas já estavam irrequietas e estava na altura de serem largadas ao seu destino.

"Aldeamento da Bemposta", um lugar que em tempos já foi bem interessante e onde passei noites agradáveis ouvindo familiares, que lá faziam a animação, a cantar. Hoje, está tudo vedado, com acesso só a proprietários e nem o bar e restaurante estão a ser explorados. É pena! Já foi um bom e agradável aldeamento turístico.

Numa das pontas do aldeamento (digamos, a saída) pendurado num raminho junto à vedação de rede, ficou o Coração Quadriculado a dançar ao sol.

Eram 9h e 24m. No ar pairava um aroma a torradas acabadas de fazer. Logo, logo, as pessoas (veraneantes) começariam a sair para se dirigir à praia e depressa a pequena brisa em forma de coração iria chamar a atenção de alguém.

À pessoa que, agora, possa ser a dona/o do Coração Quadriculado, aposto que ficará recordado este seu dia de férias. Gostou??? SEJA FELIZ!!!

 

“O amor não se vê com os olhos mas com o coração.”

                   William Shakespeare